Autor: Marina de Macêdo Carvalho
Orientador: Prof. Dr. Hernani Mota de Lima
Resumo:
No bairro Taquaral, pertencente ao município de Ouro Preto, MG, a exploração histórica de quartzito tem características predatórias, com um arranjo produtivo marcado pela ilegalidade e baixo nível de organização entre os extratores. A extração, sem qualquer aporte tecnológico que foi realizada até meados de 2010, gerava uma renda muito aquém em relação ao que era retirado. A disposição dos rejeitos era feita de forma inadequada o que gerou impactos ambientais na região. A tentativa de organização dos extratores por meio da criação de uma cooperativa, não contribuiu para o desenvolvimento econômico dos envolvidos e o fechamento das frentes de lavra pela Polícia Federal gerou uma diminuição de renda na região. Esta pesquisa foi construída a partir de análises bibliográficas e entrevistas com os extratores, através de uma narrativa oral, portanto partindo de uma metodologia da história oral temática. O presente trabalho tem por objetivo a caracterização socioeconômica e ambiental dos extratores de quartzito da Fazenda Taquaral, apontando a possibilidade da continuidade da lavra, a partir de adequação às leis e atuação conjunta de órgãos governamentais, criação de políticas públicas para o fomento e desenvolvimento locais. Concluiu-se que a paralisação das extrações produziu um impacto socioeconômico negativo na vida dos extratores, mas que com o passar dos anos, conseguiram se reestruturar em outras profissões.
Palavras-chave: extrações artesanais, Fazenda Taquaral, sustentabilidade, políticas públicas
