Desde 2023, o GEPSA também atua como entidade técnica multidisciplinar independente por meio do Projeto de Extensão “Diagnóstico Social e Econômico e Execução do Plano de Reparação Integral de Danos para o Distrito de Antônio Pereira / Ouro Preto (MG)”. Esse projeto foi escrito pelas coordenadoras do GEPSA, após o grupo ter sido selecionado como perito do Juízo, em uma Ação Civil Pública (ACP) que o Ministério Público do estado de Minas Gerais (MMG) abriu contra a Vale S/A, em 2020, em razão da situação que se encontravam as pessoas atingidas pela barragem Doutor em Antônio Pereira.
A complexa situação de Antônio Pereira, que resultou na ACP movida pelo MPMG contra a mineradora, se deu com o aumento do nível de emergência da barragem Doutor em Antônio Pereira e o acionamento do Plano de Ações Emergenciais para Barragens de Mineração (PAEBM), em 2019, o que gerou, entre outros desdobramentos, o deslocamento forçado dos moradores da zona de possível inundação, a chamada Zona de Autossalvamento (ZAS), em caso de rompimento da barragem.
Durante o andamento da ação, a Juíza do caso deferiu o pedido do MPMG de solicitar, a “uma entidade técnica multidisciplinar independente", a elaboração de um diagnóstico social e econômico e de um plano de reparação integral, dadas a complexidade e a extensão dos danos decorrentes do processo de remoção da população da zona de possível inundação (ZAS). O Ministério Público apresentou três entidades aptas a ocupar o cargo, entre as quais, o GEPSA foi a escolhida.
Em seguida, o grupo apresentou o projeto “Diagnóstico Social e Econômico e Execução do Plano de Reparação Integral de Danos para o Distrito de Antônio Pereira / Ouro Preto (MG)”, que foi aprovado pelo Juízo ainda em 2020 e entrou em execução em julho de 2023.