Uma cartografia do Plano Popular de Reassentamento Coletivo de Gesteira/MG: imersão em uma construção coletiva - comunidade atingida, assessoria técnica e universidade

 

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Gabriel de Melo Senna
Orientadora: Karine Gonçalves Carneiro
Ano: 2019

RESUMO

O rompimento da barragem de Fundão em Mariana/MG, das empresas Samarco S.A e suas acionistas Vale S.A e B.H.P Billiton Brasil Ltda, trouxe uma série de impactos para ecossistemas e populações ao longo da bacia do Rio Doce, evidenciando uma crise na indústria extrativo-mineral. Dentre esses impactos, o deslocamento forçado do povoado de Gesteira, no município de Barra Longa/MG, será o foco deste trabalho realizado através do método cartográfico. Gesteira Velho, como é chamada e conhecida a parte mais antiga da comunidade de Gesteira, foi completamente destruída pela passagem do rejeito, que atingiu o povoado na noite do dia 5 de novembro de 2015. Como resultado, Gesteira Velho está passando por um processo de reassentamento involuntário. Este processo, inicialmente, vinha sendo conduzido pelas empresas responsáveis pelo desastre, o que produziu uma série de novas violações aos direitos das pessoas atingidas. Por isso, em parceria com sua assessoria técnica independente e com o apoio da universidade, a comunidade tomou para si a condução de seu reassentamento através do Plano Popular de Reassentamento Coletivo de Gesteira, que está em processo de construção.

 

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