O MASTER PLAN COMO INSTRUMENTO PARA REASSENTAR A POPULAÇÃO DE BENTO RODRIGUES ATINGIDA PELO ROMPIMENTO DA BARRAGEM DE FUNDÃO EM MARIANA, MINAS GERAIS: É POSSÍVEL FALAR DE PARTICIPAÇÃO POPULAR?
Celiane Souza Xavier
Karine Gonçalves Carneiro
2020
RESUMOAs práticas capitalistas neoliberais têm avançado sobre os territórios, dentre outros fatores, por flexibilizações e desregulações na legislação ambiental. No Brasil, a atividade minerária, desde o Brasil colônia, assume papel quase protagonista no contexto econômico. Segundo Gudynas (2009), o avanço do capital sobre os territórios torna a Natureza um produto comercializável a partir de sua objetificação, o que gera uma diversidade de danos e violações ao ambiente e às populações que nele habitam. Neste artigo analisaremos, a partir do rompimento da Barragem de Fundão ocorrido em 5 de novembro de 2015 em Mariana, Minas Gerais (Brasil), as formas de participação popular referentes ao processo de reassentamento coletivo do subdistrito de Bento Rodrigues — destruído pelo rejeito de minério oriundo da barragem. O objetivo é o de verificar como, neste processo, transcorreu o direito à participação das pessoas atingidas. Para isso, debruçaremos sobre o desenvolvimento do projeto denominado Master Plan de Bento Rodrigues a partir das atividades de campo realizadas.Palavras-chave: participação popular; rompimento da Barragem de Fundão; desastre sociotécnico; reassentamento coletivo; Master Plan
estudios_avanzados_o_master_plan_como_instrumento.pdf | 2.23 MB |