Michele Bueno Moura de Pereira. 2006. “
Mecanismo de ativação da H+-ATPase de membrana plasmática da levedura Saccharomyces cerevisiae por agentes despolarizantes.” Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas - NUPEB/UFOP.
Publisher's VersionAbstractA H+-ATPase de membrana citoplasmática da levedura Saccharomyces cerevisiae é uma bomba de prótons que possui um papel essencial na fisiologia da levedura. A atividade desta enzima é regulada tanto a nível transcricional quanto a nível pós-transcricional e uma importante característica é o fato desta enzima ser ativada por glicose, baixo pH e por agentes despolarizantes. A via de ativação da H+-ATPase por agentes despolarizantes ainda não é conhecida. Neste trabalho sugerimos uma via de transdução de sinal semelhante a do fosfatidil inositol como parte do mecanismo de ativação ATPásica pelo Cianeto carbonil mclorofenilhidrazona. Nesta via esta droga ativaria a enzima fosfolipase C que hidrolisaria o fosfatidilinositol-bifosfato em dois componentes, diacilglicerol e inositol tri-fosfato. O inositol trifosfato gerado estaria desencadeando a mobilização de cálcio extracelular e de estoques intracelulares. O aumento dos níveis de cálcio livre citosólico, juntamente com a formação de diacilglicerol, poderia estar levando a ativação da proteína quinase C, que uma vez ativa, estaria fosforilando a H+-ATPase em dois resíduos de aminoácidos essenciais para a mudança conformacional da enzima, tornando-a ativa.
Thiago Martins Pais. 2006. “
O papel da proteína quinase C na regulação de funções celulares relacionadas à proteína GUP1 em células de Saccharomyces cerevisiae.Autor(es): Pais, Thiago MartinsOrientador(es): Brandão, Rogélio LopesPalavras-chave: Proteína - quinaseSaccharom.” Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas - NUPEB/UFOP.
Publisher's VersionAbstractA proteína quinase C (Pkc1p) de Saccharomyces cerevisiae, codificada pelo gene PKC1, participa de uma cascata de MAPKinase denominada via de integridade celular ou via PKC-MAPKinase cuja principal função é a biosíntese da parede celular. Além disso, diversos processos celulares tem sido descritos como tendo a participação de Pkc1 p: a síntese de ribossomos, a realocação de fatores transcricionais como Mig1 p, a regulação da atividade de N-glicosilação, a fusão de membranas celulares, o crescimento polarizado e o controle da polarização do citoesqueleto de actina. O mutante pkc1Δ não é capaz de crescer em meio de cultura contendo glicerol como única fonte de carbono. Buscando elucidar as bases moleculares que explicam tal fenótipo, demonstramos nesse trabalho que pkc1Δ apresenta baixa atividade da enzima glicerol quinase quando comparada à cepa selvagem em virtude da menor expressão do gene GUT1 nesse mutante. Similarmente ao observado para o mutante pkc1Δ, o mutante gup1Δ apresenta fraco crescimento em fontes de carbono alternativas como etanol, glicerol e rafinose, e sensibilidade aos estresses ácido e oxidativo. A fraca performance em rafinose não está associada a uma baixa atividade da enzima invertase, enquanto a sensibilidade ao estresse ácido não deve estar relacionada à baixa atividade da enzima H+-ATPase. Como Gup1 p tem atividade de remodelase da âncora de glicosilfosfatidilinositol (GPI) e considerando que essa atividade é importante para produção de proteínas GPI-ancoradas ativas, os fenótipos observados para o mutante gup1Δ podem estar relacionados a falta da atividade de remodelase nesse mutante. Embora os fenótipos dos mutantes pkc1Δ e gup1Δ sejam similares, o mutante pkc1Δ apresenta níveis de expressão do gene GUP1 comparáveis aos encontrados para a cepa selvagem.