O protocolo de higienização do Centro de Saúde deve seguir as recomendações da Nota Técnica nº 26/2020 – SEI/Cosan/GHCOS/DIRE3/Anvisa e do manual “Segurança do paciente em serviços de saúde: limpeza e desinfecção de superfícies” da Anvisa.
Os processos de limpeza de superfícies em serviços de saúde envolvem a limpeza concorrente e a limpeza terminal, como detalhado abaixo:
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Limpeza concorrente: é o procedimento de limpeza realizado diariamente em todas as unidades dos estabelecimentos de saúde com a finalidade de limpar e organizar o ambiente, repor os materiais de consumo diário (por exemplo, sabonete líquido, papel higiênico, papel toalha e outros) e recolher os resíduos, de acordo com a sua classificação. Nesse procedimento estão incluídas a limpeza de todas as superfícies horizontais, mobiliários e equipamentos, portas e maçanetas, parapeitos de janelas e a limpeza do piso e instalações sanitárias. A frequência da limpeza concorrente deve ser estabelecida de acordo com a classificação das áreas.
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Áreas críticas (locais de realização de procedimentos invasivos, atendimento de pacientes com doenças contagiosas ou manuseio de equipamentos contaminados): frequência mínima de três vezes por dia, com data e horário preestabelecidos e sempre que necessário.
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Áreas semicríticas (locais onde circulam pacientes que não possuem doenças contagiosas): frequência mínima de duas vezes por dia, com data e horário preestabelecidos e sempre que necessário.
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Áreas não críticas (áreas não ocupadas por pacientes, como administração, almoxarifado, etc.): frequência mínima de uma vez por dia, com data e horário preestabelecidos e sempre que necessário.
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Limpeza terminal: é a limpeza mais completa, incluindo todas as superfícies horizontais e verticais, internas e externas. É importante o estabelecimento de um cronograma com a definição da periodicidade da limpeza terminal com data, dia da semana e horários, conforme a criticidade das áreas. A frequência da limpeza concorrente deve ser estabelecida de acordo com a classificação abaixo:
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Áreas críticas: semanal, com data, horário, dia da semana preestabelecidos.
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Áreas semicríticas: quinzenal, com data, horário, dia da semana preestabelecidos.
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Áreas não críticas: mensal, com data, horário, dia da semana preestabelecidos.
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A limpeza deve ser realizada com técnica apropriada. Observar as recomendações da Anvisa referentes à técnica de dois baldes, técnica de limpeza de piso com “mop”, limpeza com máquinas de rotação e técnica de desinfecção.
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A seleção, escolha e aquisição dos produtos saneantes (sabões, detergentes e desinfetantes na diluição recomendada) devem obedecer a legislação vigente. Apesar de ainda não haver produtos registrados e testados contra Sars-CoV-2, recomendam-se os produtos que já foram testados contra outros coronavírus e vírus envelopados, como preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS):
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Álcool a 70%
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Hipoclorito de sódio a 0.5%
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Alvejantes contendo hipoclorito (de sódio, de cálcio) a 2-3.9%
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Iodopovidona (1%)
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Peróxido de hidrogênio 0.5%
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Ácido peracético 0.5%
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Quaternários de amônio, por exemplo, o Cloreto de Benzalcônio 0.05%
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Compostos fenólicos
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Desinfetantes de uso geral com ação virucida
Observação: A água sanitária e alvejantes comuns podem ser utilizados diluídos para desinfetar pisos e outras superfícies (desde que se garanta tempo de contato de 10 minutos). É importante lembrar de que esses produtos podem deixar manchas em alguns materiais. Recomenda-se a seguinte diluição e uso imediato do produto, pois a solução é desativada pela luz:
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Água sanitária: 1 copo (250 ml) de água sanitária / 1 litro de água.
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Alvejante comum: 1 copo (200 ml) de alvejante / 1 litro de água.